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- Edição 31
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As alterações físicas ou de imagem explicam a eficácia dos exercícios de carga progressiva no tendão? Uma análise de mediação causal em atletas com tendinopatia patelar
PONTOS CHAVE
- O efeito benéfico do exercício progressivo para a tendinopatia patelar não é mediado por alterações funcionais na força, amplitude de movimento ou altura do salto.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
Os atletas que utilizam o tendão patelar para atividades repetidas de armazenamento e libertação de energia elástica são desproporcionalmente afetados pela tendinopatia patelar (TP), daí o termo “joelho do saltador” (1). O tratamento da TP é centrado em exercícios terapêuticos progressivos, com o objetivo de melhorar a tolerância ao exercício e o desempenho funcional (2). A análise de mediação causal (AMC) é um novo método estatístico utilizado para avaliar o papel causal de múltiplos mediadores num ensaio clínico randomizado. Os mediadores são apresentados como hipóteses dentro de um quadro de potenciais resultados (3).
Os autores procuraram investigar se os efeitos de um programa progressivo de exercícios de carga no tendão patelar (ECTP) poderiam ser atribuídos a alterações na força do músculo quadríceps, amplitude de dorsiflexão, desempenho no salto, espessura do tendão e grau de neovascularização. Para isso, utilizaram uma AMC no seu ensaio clínico randomizado de 24 semanas, comparando o ECTP com um programa mais básico de terapia de exercícios excêntricos (TEE) como grupo de controlo (4).
Atualmente, a evidência não apoia a utilização de imagens ou medidas objetivas de força, potência e amplitude de movimento na avaliação, estratificação e tratamento da tendinopatia patelar.
MÉTODOS
- 76 pacientes (idade média = 24 anos, faixa etária 18-35 anos, 76% do sexo masculino) com tendinopatia patelar predominantemente crónica (duração mediana dos sintomas de dois anos) foram aleatoriamente distribuídos para receber ECTP ou TEE.