A corrida assimétrica está associada à dor durante a corrida ao ar livre em indivíduos com tendinopatia do tendão de Aquiles na fase de retorno ao desporto

PONTOS CHAVE

1. Corredores recreativos com tendinopatia do tendão de Aquiles demonstram mecânica alterada mesmo na fase de regresso ao desporto durante a reabilitação.

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INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

A prevalência da tendinopatia do tendão de Aquiles (TA) entre corredores é de 10%, com taxas de recorrência próximas dos 27% (1, 2). Em 2020, Paavola et al. publicaram um estudo de acompanhamento a longo prazo sobre a TA, revelando que, apesar de 94% dos participantes eventualmente regressarem aos níveis de atividade anteriores, 41% desenvolveram sintomas no lado contralateral, e as diferenças entre os lados persistiram ao fim de oito anos (3).

O exercício, a carga e a progressão gradual da atividade há muito que foram estabelecidos como os meios mais eficazes para reabilitar os tendões patológicos que habitualmente suportam altos níveis de carga (4). Para os corredores com tendinopatia de Aquiles (TA), este processo inclui uma longa fase de regresso ao desporto (RAD), definida operacionalmente como o ponto de ausência de sintomas nas atividades da vida diária (AVD) até um ano sem sintomas na corrida (5).

Apesar das preocupações com a assimetria de carga durante o RAD em casos de TA, estudos anteriores em laboratório, com durações relativamente curtas, não identificaram assimetrias (6). O objetivo principal deste estudo foi caracterizar a relação entre a dor da TA e a assimetria de carga, analisando a corrida de longa duração ao ar livre. O objetivo secundário foi determinar a relação entre o número de sessões de corrida e a gravidade dos sintomas.

A prevalência da tendinopatia do tendão de Aquiles entre corredores é de 10%, com taxas de recorrência próximas dos 27% .

Qualquer pessoa que esteja a reabilitar um tendão deve ter 2-3 dias de recuperação entre sessões de exercício intenso enquanto os tendões ainda estão a recuperar.

MÉTODOS

17 corredores recreativos (definidos como aqueles que correm ininterruptamente por 30 minutos, no mínimo 2 vezes por semana) na fase avançada de RAD após TA (definida acima) participaram deste estudo prospetivo observacional de duas semanas de corrida ao ar livre,

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