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Crioterapia para o tratamento de lesões de tecidos moles na medicina desportiva: uma revisão crítica
PONTOS CHAVE
- A crioterapia oferece alívio temporário da dor, mas não melhora a regeneração dos tecidos em humanos.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
A crioterapia, um tratamento amplamente utilizado na medicina desportiva, é aplicada principalmente após lesões de tecidos moles para reduzir a dor, a inflamação e o dano secundário (1-3). A crioterapia é um dos princípios básicos do protocolo RICE (Repouso, Gelo (Ice), Compressão, Elevação) e de versões semelhantes (PRICE (Proteger + RICE) e Proteger, Carga Ótima em vez de Repouso), ensinados e aplicados como padrão na medicina desportiva.
O objetivo da revisão foi avaliar criticamente as evidências que sustentam a eficácia da crioterapia, especialmente o seu papel na cicatrização e regeneração dos tecidos. Os autores procuraram determinar se os estudos em humanos apoiam o uso da crioterapia para além do alívio temporário da dor, dado que grande parte do entendimento atual se baseia em estudos em animais. Esta revisão teve como objetivo esclarecer a adequação da crioterapia com base nas evidências disponíveis e destacar as suas limitações na prática clínica.
Para lesões leves, a crioterapia pode ainda oferecer alguns benefícios regenerativos ao limitar a propagação dos danos e controlar a inflamação.
MÉTODOS
- Os autores realizaram uma revisão sistemática, analisando 452 estudos em bases de dados como Medline e Web of Science.