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- Edição 31
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Impacto do agachamento profundo nas estruturas articulares do joelho: amigo ou inimigo? Uma scoping review
PONTOS CHAVE
- O objetivo desta scoping review foi descrever a literatura existente sobre os efeitos da profundidade do agachamento no joelho, um tema debatido há décadas.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
O treino de resistência é conhecido não apenas por melhorar uma ampla gama de métricas físicas e de desempenho, mas também por reduzir o risco de lesões. Um dos exercícios fundamentais para o treino do corpo inferior é o agachamento. Apesar dos seus benefícios bem estabelecidos, a segurança do agachamento tem sido debatida há décadas.
Um dos temas mais controversos é a profundidade do agachamento. Pesquisas datadas da década de 1960 sugeriam que os agachamentos “completos” ou “profundos” causavam laxidade ligamentar (1), e uma revisão mais recente continuou a alertar os atletas sobre esses riscos (2). Trabalhos mais recentes também destacaram o elevado stress que os agachamentos exercem sobre a articulação patelofemoral (3). Estes estudos levaram a recomendações para limitar a profundidade do agachamento a menores graus de flexão do joelho (por exemplo, agachamentos a meio ou paralelos).
No entanto, as evidências que sustentam essas recomendações são limitadas e, por vezes, contraditórias. Assim, a sua precisão merece uma análise crítica. O objetivo desta scoping review foi descrever a literatura existente que investiga os efeitos da profundidade do agachamento no joelho.
Os autores concluíram que os agachamentos profundos são, de facto, seguros e eficazes para serem incluídos em programas de treino de resistência para indivíduos com joelhos saudáveis.
MÉTODOS
Os autores realizaram uma scoping review dos estudos publicados entre 2000 e 2024 que investigaram os efeitos do agachamento no joelho com um seguimento mínimo de seis semanas. Pesquisaram em múltiplas bases de dados e incluíram estudos de vários desenhos,