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- Edição 23
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A disfunção da visão induzida pelo exercício físico, logo após uma concussão relacionada com o desporto, está associada a sintomas pós-concussivos persistentes
PONTOS CHAVE
- Os adolescentes diagnosticados com disfunção visual induzida pelo exercício têm um risco três vezes maior de apresentar sintomas pós-concussivos persistentes.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
As concussões perturbam frequentemente o sistema visual. Os adolescentes sofrem frequentemente de sintomas clínicos persistentes relacionados com a visão após os traumatismos, incluindo desfocagem, diplopia, dificuldades de leitura, sensibilidade à luz, dores de cabeça desencadeadas visualmente e dificuldades em seguir objetos em movimento rápido (1). Estima-se que 15% dos casos de traumatismo crânio-encefálico (TCE) ligeiro resultam em síndrome pós-concussão (SPC), com uma minoria a necessitar de avaliação e tratamento adicionais devido a sintomas persistentes (2, 3).
Este estudo teve como objetivo avaliar o risco de sintomas pós-concussivos prolongados em adolescentes com disfunção visual induzida pelo exercício físico nos 10 dias seguintes à lesão e explorar potenciais correlações com achados anormais do exame oculomotor.
A compreensão da associação entre a disfunção da visão induzida pelo exercício e o atraso na recuperação pode orientar os fisioterapeutas na adaptação de programas de reabilitação para adolescentes com concussão.
MÉTODOS
- Os participantes foram inscritos entre julho de 2018 e abril de 2020 em três clínicas de medicina desportiva afiliadas a universidades, pouco depois de sofrerem um traumatismo craniano concussivo (normalmente dentro de uma janela de 10 dias).