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- Edição 08
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Os efeitos da estimulação elétrica neuromuscular para os eversores do tornozelo na excitabilidade neural e estado funcional em utentes com instabilidade crônica do tornozelo
PONTOS CHAVE
- A Estimulação Elétrica Neuromuscular (NMES) não parece abordar as alterações neuroplásticas que ocorreram após uma lesão no tornozelo em indivíduos com instabilidade crônica do tornozelo.
CONTEXTO E OBJETIVO
Apesar de ser uma das lesões ligamentares mais comuns vistas pelos clínicos, as lesões ligamentares laterais do tornozelo ainda representam um grande desafio. Uma das razões para isso é que os procedimentos de testes atuais antes do retorno à atividade sem restrições não abordam ou permitem a compreensão dos fatores que subsequentemente predispõem o utente a uma nova lesão ou diminuição do desempenho funcional. Essa terminologia para essa nova lesão ou sensação do tornozelo “ter folga” após a lesão é chamada de Instabilidade Crônica do Tornozelo (ICT).
Como resultado dessas altas taxas de reincidência, mais pesquisas têm sido dedicadas a tentar entender as mudanças pós-lesão. Uma das causas sugeridas de reincidência é a neuroplasticidade pouco satisfatória após a lesão (1).
Este artigo procurou entender os efeitos da Estimulação Elétrica Neuromuscular (NMES) e da Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) na excitabilidade neural do tornozelo. Também analisou o desempenho e a função relatada pelo paciente naqueles com ICT.
A reabilitação de lesões crônicas do tornozelo deve procurar abordar déficits de força, déficits de equilíbrio, cinestesia alterada e artrocinemática alterada.
MÉTODOS
Este estudo incluiu 20 participantes que foram randomizados para os grupos de intervenção NMES ou TENS. Todos esses participantes devem ter tido uma entorse de tornozelo pelo menos um ano antes do estudo, ter experimentado sensações recorrentes de instabilidade do